Muitos falam da força do “pensamento positivo”, como se fosse algo mágico, de fácil acesso e realização igualmente para todos mas, infelizmente, não é bem assim. Muita gente quer ter pensamentos e sentimentos bons e construtivos, mas não conseguem, por quê?
Porque, na maioria das vezes, existem “outros pensamentos”, formatados de uma maneira na qual o indivíduo acredita ser “a pura verdade”, isto é, irrefutável, não há o que pensar, ou fazer, aquele pensamento “ruim” tem vida própria e domina a vida do indivíduo, tomando seus pensamentos e, por conseguinte, seu corpo.
Os pensamentos nascem de experiências, vivências e percepções individuais. Por isso, numa família de cinco filhos por exemplo, cada filho tem uma forma diferente de ser.
Todos nasceram e foram criados pelos mesmos pais, na mesma casa, na mesma comunidade e, mesmo assim, a individualidade é notória.
Uma mesma experiência vivida por uma pessoa pode ter conseqüências diferentes para outra. Os dados são coletados e “formatados” de formas diferentes por cada um de nós, desta forma, o que pode ser bom para um pode ser ruim para outro.
A Medicina psicossomática estuda como os indivíduos pensam e sentem, o que fatalmente irá corresponder numa manifestação física, geralmente numa doença correspondente ao pensamento e sentimento equivocados. Isto quer dizer: que se não houver congruência no que se diz, faz, pensa e sente o organismo arcará com as consequências.
Por exemplo: se penso que estou sendo injustiçado: sinto esta dor, falo sobre ela, mas não faço nada contra isto, meu organismo terá que se manifestar. A raiva da “não atitude”, irá tomar um dos dois caminhos: o ressentimento ou o ódio. Estes sentimentos irão certamente ficar armazenados no inconsciente, mas não irão desaparecer. Poderão até parecer que estão sumidos , mas ainda estarão lá. E se não forem confrontados e trazidos para a consciência, irão produzir um sinal concretizado em forma de doença.
Se tratar da doença sem pensar no que a causou, esta doença poderá voltar (recorrências) ou tomar outro caminho, em forma de outras doenças. O grande problema desta questão é que por ser mais “fácil e barato”, as pessoas buscam seus médicos que tratam da doença e quando a mente dá sinais de distorções (o paciente chora muito e reclama de sintomas emocionais, como distúrbios de sono ou fome), medica-se com um anti-depressivo ou ansiolítico ou os dois, mas a “grande causa” ainda estará lá.
Os remédios em geral, não irão de forma alguma curar um pensamento e um sentimento equivocado, irão apenas tentar desviar a doença ou tentar controlá-la. Nada disso irá adiantar… As doenças do Sistema Imunológico estão cada vez presentes nos dados estatísticos da Organização Mundial da Saúde, que vão desde uma aparentemente inofensiva renite alérgica, tireoidites, diabetes até a grande maioria dos cânceres.
As doenças que são originalmente hereditárias, poderiam não manifestar-se num indivíduo com a mente sã. E para que isso ocorra, voltamos ao tema: pensamento equivocado, sentimento equivocado é igual a corpo doente. Não há como separar a mente do corpo e ambos da alma. Indivíduo quer dizer: ser bio-psico-social, daí a expressão mens sana in corpore sano.